O Sindilimp Caxias do Sul, em parceria com a Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Rio Grande do Sul (FEEAC?RS), está realizando o trabalho de campo da pesquisa “Ser Mulher”, que tem como objetivo ouvir e mapear as realidades vividas pelas trabalhadoras do setor de limpeza, asseio e conservação em todo o estado.

A iniciativa, conduzida exclusivamente por uma equipe feminina formada por dirigentes e funcionárias dos sindicatos filiados à FEEAC, busca identificar os principais desafios enfrentados pelas mulheres da categoria, especialmente em temas como condições de trabalho, assédio, discriminação, saúde e igualdade de oportunidades. O levantamento é inédito no segmento e pretende subsidiar políticas públicas e ações sindicais voltadas à valorização profissional e à promoção de ambientes de trabalho mais seguros e igualitários.

Em Caxias do Sul, o Sindilimp já realizou a pesquisa através de visitas a locais de trabalho e ações presenciais para aplicação dos questionários e coleta de relatos. De acordo com a coordenação da pesquisa, a recepção das trabalhadoras foi bastante positiva, com adesão significativa e relatos que revelam tanto situações de vulnerabilidade quanto experiências de superação no cotidiano profissional.

“A pesquisa é um espaço de escuta qualificada e acolhimento. É fundamental que as mulheres possam se sentir seguras para compartilhar suas vivências. Só assim conseguiremos construir propostas concretas e eficazes para enfrentar os problemas que afetam a categoria”, destaca uma das entrevistadoras do projeto.

O trabalho de campo também já foi realizado em cidades como Pelotas, Santa Cruz do Sul, Vale dos Sinos, Santa Maria e Porto Alegre, e seguirá ainda na região de Passo Fundo. Após a conclusão da etapa de coleta de dados, os resultados serão sistematizados e apresentados em forma de relatório, com o compromisso de transformar as informações em ações efetivas de luta e transformação social.

O Sindilimp Caxias reforça a convicção de que essa é uma importante ferramenta de diagnóstico e mobilização. “A voz das mulheres precisa ser ouvida. É com informação, organização e solidariedade que vamos avançar na conquista de direitos e reconhecimento para todas as trabalhadoras do setor”, conclui a direção do sindicato.