Na segunda-feira, dia 12 de novembro, foi lançada uma campanha em defesa da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) com o slogan "A Codeca é sua, é nossa, é de Caxias". O Sindilimp, juntamente com o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Caxias do Sul são responsáveis pela ação, desenvolvida também pela Frente Parlamentar de Defesa da Codeca, constituída recentemente pelos vereadores. O objetivo é de aprofundar o diálogo com a direção da empresa e a administração pública e buscar o reconhecimento e valorização da Codeca, pelos trabalhadores e comunidade, enquanto empresa pública fundamental para a cidade.
A atividade de lançamento da campanha, realizada no hotel Cosmos, contou com a presença de representantes da direção da Codeca, de outros sindicatos, da União de Associações de Bairros (UAB), de vereadores e profissionais da imprensa.
O presidente do Sindlimp, Henrique Silva, abriu o evento, saudando as participações e explicando os objetivos. Em seguida, convidou à palavra Leonir Taufe, advogado do Sindilimp que foi diretor da Codeca. Taufe ressaltou a sustentabilidade da empresa e relacionou os ciclos econômicos do país com eventos ocorridos na história da Codeca e o seu desempenho. “A situação de déficit atual da Codeca é um desafio que deve ser resolvido de forma conjunta”, alertou o advogado.
O vereador Adiló Didomenico (PTB), que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Codeca, informou que a próxima reunião do grupo será realizada no dia 14 de novembro, às 11h, com a participação da direção da Codeca e do Conselho de Administração. As reuniões da Frente seguirão até o final do ano, buscando alternativas para a Companhia, diante do déficit de R$ 7,6 milhões no fechamento de 2017.
Adiló resgatou a história da Codeca, destacando o início da implementação da coleta seletiva, em 1991 e a remodelação do aterro sanitário, entre 1997 e 2004. Ele lembrou que Caxias do Sul é a última e única cidade com mais de 10 mil habitantes que tem o controle completo sobre a cadeia do lixo, de ponta a ponta. “Isso é objeto de cobiça das aves de rapina e nos preocupa. Estejamos atentos, não é apenas uma empresa com 1.200 trabalhadores, é uma trincheira de resistência à máfia do lixo.” Adiló demonstrou a preocupação com a falta de diálogo que impera hoje entre a administração municipal e a Codeca, enquanto os contratos da companhia com as várias secretarias e o Samae são garantia de prestação de serviço com qualidade e agilidade. Denunciou ainda que a manutenção da coleta está precária e que há 300 lixões proliferando na cidade.
Henrique afirmou que a política da Codeca traz estabilidade para a administração pública: “Hoje vivenciamos um momento político e econômico que traz dificuldades para diversas empresas. Temos que abrir o diálogo permanente com a direção da empresa, com o poder público e com a sociedade, para que todos entendam de que empresa estamos falando. Uma empresa de economia mista, mas que tem 1.200 funcionários, portanto é de porte médio. O diálogo deve ser uma marca que vai consolidar o que estamos defendendo”, afirmou.
Frente Parlamentar em Defesa da Codeca
Além do vereador Adiló Didomenico (PTB), presidente, também fazem parte da frente parlamentar os vereadores Arlindo Bandeira (PP), Edson da Rosa (MDB), Flavio Cassina (PTB), Kiko Girardi(PSD), Rafael Bueno(PDT), Renato Nunes(PR), Renato Oliveira(PCdoB) Rodrigo Beltrão(PT), Velocino Uez (PDT) e Wagner Petrini (PSB).